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O futuro das vacinas já está chegando

Impetus Sistemas • 16 Jan 2025

O futuro das vacinas já está chegando

Já pensaram que uma vacina contra uma doença respiratória poderia ser bem mais eficiente se fosse administrada diretamente através do nariz? Poderia inclusive coibir a própria infecção, por já ter preparado uma resposta imune, mais rápida e bem localizada para fazer frente ao patógeno no momento da infecção. O exemplo das vacinas contra a Covid-19 ilustra bem a situação. Por serem vacinas intramusculares, são capazes de induzir uma excelente resposta imune nos indivíduos vacinados, provocando, de modo geral, sintomas mais leves da doença, mas não são capazes de impedir a infecção pelo vírus. Formular uma vacina nasal eficiente é um desafio que exige muita inovação. Uma excelente matéria publicada no The Scientist (https://www.the-scientist.com/clearing-the-way-for-nasal-vaccines-72445) sob o titulo – Clearing the way for nasal vacines – ressalta a importância de desenvolver adjuvantes (materiais nos quais a vacina é misturada) adequados, capazes de ultrapassar a barreira de células protetoras (epitélio nasal ciliado) e o muco, e capazes também de permanecer por tempo suficiente para a indução de uma resposta imune composta de linfócitos T e B de memória e a produção de IgA na mucosa nasal. Cada grupo tem a sua fórmula testada em modelo animal. Pamela Wong da Un. de Michigan e seu time desenvolvem nanoemulsões especiais. Já o time de Ziv Shulman do Weizmann Institute of Science estuda quais as áreas no nariz que albergam essas preciosas células de memória e por quanto tempo elas persistem. Já o time de pesquisadores do iii, encabeçado por Jorge Kalil, desenvolveu um spray nasal como veículo de sua fórmula vacinal contra a Covid-19, que apresenta importantes qualidades de adesividade (aumento do tempo de contato) e penetração (indução de uma resposta imune duradoura) e é capaz de coibir a multiplicação dos vírus e induzir proteção das vias aéreas superiores e dos pulmões, quando a vacina é testada em modelo animal. Em outras palavras, essa vacina mostrou-se capaz de bloquear a transmissão do vírus da Covid-19 entre os animais! Próximas etapas? Estudos pré-clínicos de segurança e depois ensaios em humanos!

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Faxina de ano novo 2

Impetus Sistemas • 14 Jan 2025

Faxina de ano novo 2

 Algumas preciosidades adicionais garimpadas durante a faxina J  Para quem não viu, a edição de setembro do Nature Cell Biology é devotada integralmente à morte celular e os seus diversos tipos e respectivos mecanismo, suas implicações no desenvolvimento e, também, na resposta imune, etc. O editorial pode ajudar a localização do assunto. Navigating the biology of cell death. https://www.nature.com/articles/s41556-024-01515-7  Mais uma função para os receptores tipo Toll. Desta vez é o TLR9 que se mostrou ter um papel importante na formação de memória, um processo no hipocampo acompanhado de ruptura e outras formas de dano ao DNA. A ativação de TLR9 em resposta ao DNA danificado auxilia no reparo do DNA e na regeneração das redes neuronais. Jovasevic, V., Wood, E.M., Cicvaric, A. et al. Formation of memory assemblies through the DNA-sensing TLR9 pathway. Nature 628, 145–153 (2024). https://doi.org/10.1038/s41586-024-07220-7  Pele fazendo anticorpos? Sim! Sigam as publicações de Inta Gribonika, uma pós-doutora vinda da Letônia e colegas como Djenet Bousbaine, do grupo de Yasmine Belkaid. Skin in the game — locally made antibodies fight resident bactéria. https://www.nature.com/articles/d41586-024-04205-4Gribonika, I., Band, V.I., Chi, L. et al. Skin autonomous antibody production regulates host-microbiota interactions. Nature (2024). https://doi.org/10.1038/s41586-024-08376-y

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Faxina de ano novo

Impetus Sistemas • 14 Jan 2025

Faxina de ano novo

Passagem de ano! Faxinas no computador e especialmente no email (que horror!!) podem trazer boas surpresas perdidas no meio de tanta informação. Seguem sugestões de leitura do mundo da imunologia enquanto os pesquisadores do iii tiram merecidas férias.  Mais um mecanismo de evasão imune apresentado por tumores, desta vez através da metilação do DNA.  Zhang Y, Naderi Yeganeh P, Zhang H, Wang SY, Li Z, Gu B, Lee DJ, Zhang Z, Ploumakis A, Shi M, Wu H, Greer EL, Hide W, Lieberman J. Tumor editing suppresses innate and adaptive antitumor immunity and is reversed by inhibiting DNA methylation. Nat Immunol. 2024 Oct;25(10):1858-1870. doi: 10.1038/s41590-024-01932-8.  Evasão imune sempre inovando: Farnesol, produzido pela nossa velha conhecida Candida albicans, inibe a resposta imune através da modificação de via do metabolismo de esfingolipídios nas células dendríticas, causando disfunção mitocondrial e afetando a atividade dessas células vitais na resposta imune contra fungos. Várias referências estão disponíveis em https://www.the-scientist.com/a-fungal-messenger-impairs-immune-cell-function-72310

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Professor Manuel Elkin Patarroyo

Impetus Sistemas • 10 Jan 2025

Professor Manuel Elkin Patarroyo

Recebemos a notícia do falecimento do Professor Manuel Elkin Patarroyo, um velho amigo e colaborador dos primeiros tempos do Laboratório de Imunologia do InCor. Um pioneiro das vacinas feitas com técnicas, na época supermodernas, de síntese de peptídeos, Elkin, para os amigos, era um imunologistas entusiasmado e sempre combativo, que dedicou sua vida toda para desenvolver uma vacina contra a malária. Tivemos o privilégio de participar de muitas discussões e de alguns trabalhos, que resultaram em 5 artigos publicados em conjunto entre 1991 e 2011. Não só veio várias vezes ao Brasil como também tivemos o privilégio de visitar não só seu laboratório em Bogotá, mas a sua colônia de macacos à beira do Rio Amazonas, na fronteira tripartite, em Letícia, uma viagem inesquecível, nos idos de 1988! https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2025/01/09/morre-o-cientista-colombiano-manuel-elkin-patarroyo-pioneiro-da-vacina-contra-a-malaria.ghtml?utm_source=aplicativoOGlobo&utm_medium=aplicativo&utm_campaign=compartilhar

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Boas festas!

Impetus Sistemas • 23 Dez 2024

Boas festas!

O fim do ano trouxe muita satisfação aos membros do iii. Ao completar 22 anos de existência pode mostrar uma produtividade científica altamente significante com mais de 2000 artigos publicados em periódicos internacionais e a formação de mais de 500 mestres e doutores. A força de sua ciência tem resultado no desenvolvimento de vacinas inovadoras e terapias específicas para doenças presentes de forma importante no Brasil, com sucesso! O corpo de pesquisadores e colaboradores do iii deseja boas festas a todos e um ano de 2025 repleto de realizações Não deixe de seguir-nos nos canais do instagram @imunologiaiii e @conecta.ciencia.  Desejamos um feliz 2025 a todos!

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Enfrenta!  Vamos combater a  desinformação na ciência.

Impetus Sistemas • 16 Dez 2024

Enfrenta! Vamos combater a desinformação na ciência.

Acabei de passar um ótimo domingo lendo o extenso relatório que detalha o projeto “Enfrenta!” (https://zenodo.org/records/11518642), uma iniciativa conjunta da Academia de Ciências da Bahia e da Fundação Conrado Wessel, capitaneada, respectivamente, pelos seus presidentes Professor Manoel Barral-Netto (e membro fundador do iii), e Professor Carlos Vogt. Nesse trabalho, um conjunto de professores eméritos e importantes formadores de opinião da comunidade debateram os diversos aspectos da desinformação na ciência, numa série de webinários que podem ser vistos na sua íntegra https://youtube.com/playlist?list=PLmf0GPy-trIfVThG_w7nevxISrWtp4nic&si=elwKOv6Mn2mFOVlM no vídeo intitulado Seminário Sobre Enfrentamento e Prevenção à Desinformação Científica em Saúde e Ambiente em https://www.youtube.com/watch?v=RHwHgY2FHfs.[1]  O projeto “Enfrenta!” ocorrido ao longo de 2023, teve como foco central o combate à desinformação intencional, organizada e estruturada em função de interesses econômicos ou político-ideológicas. É essa a desinformação, que hoje prolifera sem controle nas redes sociais e meios de comunicação, um dos elementos que leva ao descrédito da ciência, aos impactos negativos na saúde pública e à perda de confiança nas instituições.  De forma resumida foram trazidos os seguintes itens para o debate: As raízes da desinformação científica: como ela surge, se propaga e quais são seus efeitos na sociedade;Estratégias para identificar e enfrentar a desinformação: ferramentas, técnicas e sugestões para navegar no mundo digital com senso crítico;O papel da educação e da comunicação científica: como promover o conhecimento científico e a cultura de checagem de fatos;A importância da colaboração entre diferentes setores da sociedade: cientistas, jornalistas, educadores, governos e cidadãos juntos na luta contra a desinformação. A comunicação científica de qualidade tem, portanto, o papel crucial de ajudar a combater a criação de notícias propositadamente falsas na mídia. Muitas iniciativas já existem e merecem ser citadas: Papo Reto (podcast da UFJF), Projeto Comprova (coalisão no jornalismo para desmascarar conteúdos suspeitos), Lab. Estudos da Internet e Redes Sociais (NetLab/UFRJ), SoU Ciencia (grupo de pesquisa CNPq - UNIFESP, USP e outros), Projetos Ciência na Rua e Ciência Suja (projetos financiados pelo Instituto Serrapilheira), para citar alguns. Estes vêm se juntar aos canais mais tradicionais como a revista FAPESP, de grande circulação, a agência Bori, uma fonte sempre fiel de informação, o canal Saúde, emissora pública sediada na Fiocruz e, mais recentemente, o carinhosamente apelidado POP Ciência, portal de popularização da ciência organizado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação do governo federal. No entanto, ao ler o relatório ou assistir aos debates do Projeto “Enfrenta!” fica claro que há ainda muito o que fazer e que todos nós podemos nos juntar e dar mais força à advocacia contra a desinformação na ciência. Parabéns aos envolvidos nessa excelente iniciativa.

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